Investigação
Os custos das baterias de íons de lítio estão caindo rapidamente, imitando a trajetória de preços da energia solar fotovoltaica.
Com os veículos elétricos representando 80% da demanda em 2023, essas baterias entrarão nos mercados de armazenamento estacionário de 5 a 8 anos depois. Avanços tecnológicos, economias de escala e mudanças na química impulsionam esse declínio, acompanhando a curva de redução de custos da energia fotovoltaica.
À medida que a energia fotovoltaica de telhados supera a nuclear e os combustíveis fósseis, sua intermitência exige armazenamento de energia. Baterias de íons de lítio agora sustentam implantações de BESS em larga escala, complementando a energia fotovoltaica de sobreposição e a hidrelétrica bombeada para reduzir a restrição. O gráfico abaixo mostra a queda de custos alinhada para módulos fotovoltaicos de silício e baterias de íons de lítio desde 2010.
Baterias de segunda vida e o passaporte de baterias da UE
Baterias de veículos elétricos descontinuadas com capacidade restante oferecem valor em armazenamento estacionário. Os principais impulsionadores incluem políticas de economia circular, colaboração entre setores e diagnósticos mais rápidos — startups agora testam o estado de saúde (SOH) da bateria em minutos em vez de horas.
O Passaporte de Baterias da UE, obrigatório para baterias de veículos elétricos/industriais a partir de 2027, rastreia dados do ciclo de vida por meio de códigos QR. Ele inclui composição, especificações de desmontagem, SOH e histórico de uso para permitir aplicações de reciclagem, remanufatura e segunda vida.
Muitos preferem reaproveitar baterias inteiras em vez de desmontar módulos devido aos altos custos de mão de obra. Um projeto na Califórnia demonstra isso, usando 900 baterias de veículos elétricos desativadas para um sistema de armazenamento em escala de rede de 53 MWh.
Desafios de mercado
Enquanto a Ásia/Europa possuem ecossistemas maduros de segunda vida, os EUA estão atrasados devido à fragmentação dos mercados. Uma barreira fundamental: proprietários de baterias de primeira vida esperam receber mais de 50% do valor original, mas compradores de segunda vida só podem pagar de 10 a 20%. Isso, somado à rápida obsolescência tecnológica, leva baterias viáveis para reciclagem prematuramente — agravado por lacunas na garantia e custos com testes.
Baterias de segunda vida conectam a reciclagem e o descarte, mas exigem políticas que penalizem a reciclagem prematura. O Passaporte para Baterias da UE, a responsabilidade estendida do produtor (EPR) e as regulamentações de compartilhamento de dados podem impulsionar a circularidade. Os incentivos devem priorizar a reutilização em detrimento da reciclagem precoce para maximizar o valor.
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