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Transformando crises hídricas, energéticas e alimentares em uma oportunidade de nexo com energia solar fotovoltaica

2024-01-15

À medida que a COP28 se aproxima, há um foco crescente no apoio às autoridades locais nos seus esforços para uma transição energética sustentável e na promoção do diálogo público-privado. No entanto, as discussões adoptam frequentemente uma abordagem isolada, negligenciando o potencial de acções políticas integradas. A RES4Africa defende uma abordagem mais holística, onde a energia, a água e os alimentos se cruzam e interligam. Ao reconhecer a relação sinérgica entre estes elementos, podemos enfrentar eficazmente os desafios transversais e alcançar metas de redução de emissões a longo prazo.

 

Solar fotovoltaica: um fator-chave para a mudançaPara desbloquear o potencial do nexo água-energia-alimentos, as tecnologias solares fotovoltaicas (PV) desempenham um papel vital. Diferentes aplicações, como dessalinização associada a energias renováveis, sombreamento fotovoltaico para horticultura e irrigação solar, oferecem caminhos para transformação.

 

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) prevê que a energia solar se tornará a fonte renovável dominante de eletricidade até 2050. A capacidade instalada acumulada global de energia solar fotovoltaica deverá disparar para 8.519 GW até 2050, em comparação com apenas 480 GW. em 2018. Prevê-se que só o Norte de África tenha 151 GW de capacidade instalada até 2040.

 

Revolucionando o abastecimento de água com dessalinização solar

 

A dessalinização, especialmente quando combinada com energia solar fotovoltaica, é uma tecnologia promissora para o abastecimento sustentável de água. Esta abordagem isenta de carbono e energeticamente eficiente é especialmente benéfica para regiões onde coexistem escassez de água e recursos energéticos renováveis ​​abundantes, como Marrocos. Com o seu vasto potencial de energia solar e experiência em energias renováveis, Marrocos está bem posicionado para adoptar a dessalinização solar e reduzir significativamente a sua dependência de combustíveis fósseis.

 

A dessalinização solar não é apenas ecologicamente correta, mas também econômica. Com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis e o custo estável da energia fotovoltaica, os argumentos financeiros para a dessalinização solar estão a tornar-se cada vez mais convincentes. Marrocos já anunciou planos para estabelecer nove novas centrais, que contribuirão para um aumento de 500% na capacidade de dessalinização até 2030, com 97% da nova capacidade a ser acoplada a fontes renováveis.

 

Colhendo o Sol duas vezes com agrovoltaicos

 

A Agrivoltaica oferece uma solução única que combina a geração de energia solar e a agricultura no mesmo local, criando uma relação mutuamente benéfica. Ao co-localizarem painéis solares e actividades agrícolas, os países do sul do Mediterrâneo podem aproveitar a energia do sol e, ao mesmo tempo, enfrentar o stress hídrico e a concorrência na utilização dos solos. Esta abordagem é crucial para garantir a segurança alimentar face a uma população em rápido crescimento.

 

Embora a agrovoltaica seja uma prática bem estabelecida a nível mundial, a sua adoção no sul do Mediterrâneo permanece numa fase inicial. Estão actualmente em curso projectos-piloto apoiados por agências da UE e da ONU na Argélia, Marrocos, Tunísia, Egipto e Jordânia para avaliar a viabilidade e eficiência desta abordagem. Para abraçar plenamente a agrovoltaica, os países da região devem demonstrar um compromisso político, incorporando-o nas suas estratégias, planos e políticas nacionais.

 

Países como França, Coreia, Alemanha e Japão já reconheceram os benefícios da energia agrovoltaica e assumiram o compromisso estratégico de integrá-la nos seus sistemas energéticos e agrícolas. Este apoio político acelerou a implementação da agricultura voltaica e conquistou o apoio público.

 

Concluindo, as tecnologias solares fotovoltaicas têm o potencial de revolucionar a forma como enfrentamos as crises hídricas, energéticas e alimentares. Ao adoptar uma abordagem integrada e ao alavancar a dessalinização solar e a agrovoltaica, podemos transformar estes desafios em oportunidades valiosas para o desenvolvimento sustentável. A hora de agir é agora, enquanto trabalhamos para um futuro mais verde e mais inclusivo.  

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